Mania de Sling by Dida

Novidades, dicas e informações interessantes sobre slings e cia.

Comparação entre cangurus convencionais e carregadores de bebê ergonômicos março 31, 2009

Filed under: Uncategorized — Dida @ 22:32
Nas mochilas tradicionais a posição não é ergonômica nem pro bebê, nem para quem o carrega.

Nas mochilas tradicionais a posição não é ergonômica nem pro bebê, nem para quem o carrega.

Atualmente muitas marcas conhecidas de puericultura oferecem ao público carregadores de bebês como mochilas (também conhecido no Brasil como canguru) de “nova geração” (BabyBjörn, Chicco, Bebé Confort, Jané, Graco..).  As principais diferenças entre estes e os carregadores de bebê tadicionais e ergonômicos descritos nestas páginas são as posturas adotadas pelo bebê neles. Se observarmos um bebê em uma destas mochilas (cangurus), podemos constatar que a postura da cadeira (onde o bebeê senta) não é correta. Habitualmente observamos que as pernas do bebê ficam penduradas em relação ao resto do corpo, e não dobradas no estilo “rã” (postura que favorece o desenvolvimento das articulações dos quadris). Com as perninhas penduradas, o peso do bebê é fica apoiado diretamente na zona genital ao invés do seu bumbum, e sua coluna adquire uma postura não-fisiológica.

Exemplo de mochila ergonômica: a bacia em posição correta, joelhos mais altos que os quadris, o bebê não fica pendurado pois o carregador o sustenta totalmente.

A postura de “rã” consiste em levar o bebê no colo com as pernas abertas em cerca de 45° em relação ao eixo corporal (abertura total entre as pernas de 90°), e o quadril flexionado de maneira que os joelhos fiquem à uma altura ligeiramente superior ao bumbum. Isso permite que a cabeça do fêmur fique perfeitamente encaixada dentro da articulação do quadril e é a posição fisiologicamente correta, é uma postura ótima, e previne problemas posteriores desta articulação. Esta técnica de encaixamento ajuda a resolver casos de displasia de quadril leves.

Uma boa maneira de saber se um bebê está bem colocado (ou está em um bom carregador de bebê) é se os pés são vistos pelo outro lado.. na posição frontal (barriga-barriga) se vê por trás e no quadril vê-se pelo lado oposto.

Exemplo de mochila tradicional: as pernas do bebê não ficam corretamente posicionadas, o peso do bebê recai unicamente sobre sua zona genital.

Exemplo de mochila tradicional: as pernas do bebê não ficam corretamente posicionadas, o peso do bebê recai unicamente sobre sua zona genital.

Existem também slings “de nova geração” que podemos encontrar facilmente no mercado, nos quais se pode colocar o bebê em posição sentado, como os slings de argolas (ring slings) ou o pouch sling. Nestes slings consegue-se uma posição correta para o bebê, porém se o ajuste não for correto o bebê pode ficar muito baixo, podendo causar incômodo e dores para quem carrega.

Além disso, nas fotografias promocionais destas mochilas mais comerciais sempre aparecem os bebês olhando para a frente. Esta postura é totalmente contra-indicada. Esta posição obriga o bebê a curvar a coluna na posição contrária à fisiológica, ficando mais ereta, e o deixa exposto à uma infinidade de estímulos diretos, sem possibilidade de proteção, uma vez que não pode se virar. Outro fato é o incômodo para quem está carregando, já que o bebê tende a posicionar sua coluna e separar seu corpo de quem o leva e altera o centro de gravidade do mesmo, obrigando-lhe a modificar sua postura correta com consequentes problemas nos ombros e coluna e sobrecarga do assoalho pélvico.

A únicas vantagem que encontramos neste tipo de carregadores mais convencioais é  a facilidade de encontrar em qualquer loja de puericultura. As lojas especializadas em produtos para bebês têm buscado responder a uma demanda do mercado,  mas em nossa opinião, sem observar muito os aspectos mais importantes (ergonomia para o bebê e quem o carrega). Por outro lado, estas mochilas e slings geralmente podem ser usados por pouco tempo, já que logo se tornam incômodas para quem as usa. Em resumo, pode-se dizer que apesar de apresentar modernos e atrativos designs, ainda lhes faltam muitos aspectos para melhorar, que os carregadores tradicionais já  traziam “de série”.

 

Posição correta de um carregador de bebês: curva da coluna em C, pernas em M e joelhos mais altos que o quadril.

Posição correta de um carregador de bebês: curva da coluna em "C", pernas em "M" e joelhos mais altos que o quadril.

 

Posição ERRADA em um carregador de bebês: bebê olhando para a frente, pernas penduradas forçando os quadris, coluna reta e bebê muito baixo.

Posição ERRADA em um carregador de bebês: bebê olhando para a frente, pernas penduradas forçando os quadris, coluna reta e bebê muito baixo.

 

Sobre a Red Canguro:

A Red Canguro, Associação Espanhola para o Incentivo ao Uso dos Carregadores de Bebê, é uma associação sem fins lucrativos, fundada em novembro de 2008, com a finalidade de incentivar o uso de carregadores de bebê entre mães, pais, e qualquer pessoa interessada, difundir informação relacionada, servir como contato e apoio para pessoas que desejam iniciar no mundo dos carregadores de bebê, incentivar o encontro e intercâmbio de informações e experiências entre usuários, aumentar o nível de conhecimento sobre carregar bebês em espanhol e incentivar e difundir a criança com afeição. Para maiores informações sobre o tema visite: www.redcanguro.org

Tradução: Andreza Espi.

Fonte: Red Canguro

 

>> Complementando…

com uma notícia que está em alta: e o sling da Cláudia Leitte???

Bolsa da Cláudia Leitte

Bolsa da Cláudia Leitte

 

Bem, o sling da Cláudia Leitte, embora seja um carregador de tecido é estruturado, ele tem uma base no fundo e isto faz com que ele não seja ergonômico para o bebê. Sua “base” impede que o tecido se molde à coluna do bebê e ocasiona num mal posicionamento da cabeça com relação ao pescoço.. isso prejudica a respiração. Além disso geralmente não permite um ajuste de altura bom, costuma ficar muito baixo forçando a coluna de quem o carrega. Pra deixar claro: SLING é todo carregador de pano, não-estruturado e ERGONÔMICO. Precisa atender estes 3 requisitos para ser um sling!

 

Sling na Revista Veja: que reportagem ruim! março 30, 2009

Filed under: Uncategorized — Dida @ 14:32

Vou trasncrever aqui a postagem de uma amiga, também fabricante de sling, que traduz PERFEITAMENTE meu sentimento com relação à reportagem terrível que saiu estes dias na revista veja, falando sobre slings e outras coisas..

 

Tá, não é só ela. As revistas, os jornais, os programas de televisão adoram falar sobre o que não sabem e colocar opiniões de especialistas que simplesmente desconhecem o assunto.
Hoje saiu uma reportagem no “Guia Veja” com o título de Eco bebês.
Fala de roupas orgânicas, tummy tub, mamadeira sem bisfenolA, fraldas de pano, umas bobajadas de capacete e walkie talkie (venho falar desse depois, ou no blog pessoal, não decidi ainda) e… adivinha?
O assunto da moda, o sling, não podia ficar de fora né?
Explica o que é, fala da vantagem de ter o bebê em contato e diz que “ele teria ainda um efeito calmante sobre os bebês mais chorões”.
E transcrevendo:
O que diz quem usa: É prático e confortável nos primeiros meses do bebê. Quando ele fica maiorzinho, por volta dos 10 meses, é preferível usar o canguru, que deixa braços e pernas livres.
O que dizem os especialistas: a partir de 1 ano de idade, a criança fica mais inquieta e existe o risco de queda. O sling não deve ser usado por longos períodos – o máximo recomendável é uma hora por dia. Mais do que isso aumenta o risco de lesões na coluna da mãe.

E ainda ilustra com uma foto da Claudia Leitte carregando o bebê num carregador que não é exatamente um sling. É uma espécie de bolsa que não é fresquinha, não molda com perfeição o corpinho do bebê e ainda dificulta o fluxo de ar que o bebê respira (vou traduzir um estudo que existe sobre esse carregador e posto aqui).
O que eu digo:
1 – Em nenhum momento o canguru é melhor que o sling. Obviamente eles não sabem do que estão falando. Está bem claro que não sabem da diversidade de posições que o sling permite.
2 – Especialistas em que mesmo? Se o sling for utilizado corretamente (e produzido com materiais adequados) não existe o risco de queda.
3 – Bebês precisam ser carregados durante muito mais do que uma hora por dia. Principalmente os mais novinhos. E para carregá-los, é muito mais prático, confortável, seguro e ergonômico carregar no sling.

Que loucura! Parece que existe um complô de alguns jornalistas contra o sling. Mas é apenas o medo do desconhecido que faz com que falem essas bobagens. Uma pena… pois ao meu ver, quando um jornalista publica algo deve ter certeza do que esta falando, pra não reforçar conceitos errados que existem por aí.

Texto: Carla Schultz

É terrível, mas é bem por aí.. me desculpem os tais “especialistas” consultados, mas de longe nota-se que a opinião deles não foi nem um pouco estudada e pesquisada.. apenas devem ter visto em algum lugar uma pessoa usando e imaginaram o que poderia ser.. imaginaram uma opinião sem embasamento algum infelizmente.

 

A reportagem original você pode ver aqui

Ainda estou me perguntando de onde saem tais teorias descritas na reportagem, como:

O que dizem os especialistas: a partir de 1 ano de idade, a criança fica mais inquieta e existe o risco de queda. O sling não deve ser usado por longos períodos – o máximo recomendável é uma hora por dia. Mais do que isso, aumenta o risco de lesões na coluna da mãe.

Desmentindo esta história vamos avaliar umas coisas:

1. “a partir de 1 ano de idade, a criança fica mais inquieta e existe o risco de queda.” 

É claro q por volta de 1 ano a criança não usa mais o sling da mesma forma.. afinal, ela está dando seus 1ºs passinhos, quer brincar.. não dá pra deixar a criança no sling o dia todo.. ele passa a ser um colo auxiliar, ajudando a mamãe ao caminhar na rua, pegar um ônibus, e, principalmente quando a criança dorme. É um absurdo pensar que uma criança de 1 ano deve ficar no sling ao invés de explorar o mundo, andar, tocar, mexer nas coisas.. O uso do sling não deve limitar o desenvolvimento da criança.

A propósito, a Pietra fez 2 aninhos dia 10 de março, é uma criança muito experta, adora brincar, correr, mas não vou na esquina sem o sling.. e nem ela!! Ela mesm pede..

 

2. “O sling não deve ser usado por longos períodos – o máximo recomendável é uma hora por dia. Mais do que isso, aumenta o risco de lesões na coluna da mãe.”

Nunca imaginei ouvir/ler tal absurdo!! Como assim 1 hora por dia??? Será que não ocorre na cabeça de quem falou esta besteira que o que lesiona a coluna é o fato de carregar peso?? Qual a mãe que só pega seu bebê no colo por 1 hora por dia????? Sem contar que se o sling estiver ajustado corretamente, o peso do bebê fica bem distribuido pela coluna, diferente de quando você segura o bebê nos braços (forçando sua coluna pra frente) ou quando você usa um sling ajustado errado, deixando ele muito solto, com o bebê muito baixo.

Me perdoem, sei que a postagem ficou grande, mas não dá pra ver esta desinformação se disseminando num veículo formador de opinião e ficar calada…. aliás, esta matéria foi um desserviço à população..

 

Cuidado com as argolas de slings!! março 20, 2009

Filed under: Uncategorized — Dida @ 11:39

Pessoal, vim fazer um apelo…

Com a divulgação do babywearing no Brasil, surgiram muitos fabricantes de slings, porém aqui no Brasil ainda não temos fabricação de argolas próprias para slings. Assim, tenho visto inúmeras pessoas vendendo slings com argolas de bolsa, de madeira, de pvc, e até de plástico!!

Isso é muito sério!! As argolas têm que aguentar pelo menos uns 100Kg, porque o peso que o bebê exerce sobre elas ao caminhar da mãe é muito superior ao simples peso dele.. existe uma força de tração muito grande.

O sing é maravilhoso.. se dependesse de mim cada mãe teria um pelo menos, pois sei como é prático e benéfico para mãe e bebê. Porém, se utilizado de forma errada pode ser perigoso como qualquer outro aparato para o bebê.

Abaixo segue o texto de uma amiga, Tatiana Gama, sobre a importância da segurança com as argolas de slings:

 

Cuidado com as Argolas de Slings


Tem muita gente fabricando sling por aí e na guerra de preços, a segurança dos bebês fica em segundo plano.
Segue um alerta às mães, pq Sling de Argola é TUDO DE BOM, mas é preciso se conscientizar a respeito dos materiais utilizados:

ARGOLAS QUE NÃO PODEM SER UTILIZADAS EM SLINGS
• Argolas de cortina de BOX
São de PLÁSTICO, frágeis, não resistem à torção ou impacto.
• Argolas de acrílico
podem ser bonitas pela transparência, mas não são resistentes!
• Argolas de bijouteria, bolsas, cromadas, de ferro, cobre, latão.
Bijouteria e Bolsas já diz tudo, não suportam peso, portanto vc não vai arriscar a vida de um bebê!
• Cromadas
Descascam e ferro enfurruja, cobre e latão são perigosos e não apropriados, além de poder conter substâncias tóxicas e o bebê tem fácil acesso com a boca nas argolas!
• Argolas de madeira
O sling vai ser lavado e madeira apodrece, além de não ser resistente!!!

As argolas que PODEM SER UTILIZADAS:

• Argolas de NYLON
foscas ou brilhantes, testadas e comprovadas. Seguindo as medidas RECOMENDADAS da Sling Rings, elas devem ter: 7.6cm de diâmetro INTERNO e 9.2cm de diâmetro EXTERNO, tendo a largura de 1cm a 1.5cm.

• Argolas de metal ideais ou são de ALUMÍNIO, de INOX e de selaria SEM EMENDAS, ARREDONDADAS e com medidas ideais: 8.2 cm de diâmetro INTERNO e 8.8 de diâmetro EXTERNO, tendo a largura de 1cm a 1.5cm.

As argolas NÃO PODEM SER FINAS, NEM ACHATADAS, NÃO PODEM CONTER EMENDAS, NEM ABERTURAS.
Infelizmente, por desinformação e irresponsabilidade existem muitos slings sendo fabricados e comercializados com argolas impróprias.

Fiquem de olho! São vidas que estão em risco quando se utilizam argolas inadequadas!

Tatiana Gama.

 

Volto a dizer que é muito sério isso!!  Se um bebê cair do sling caso uma argola quebre ele pode ter danos cerebrais e até mesmo morrer!!

Vamos zelar pela segurança de nossos bebês!!!

 

>>Até dia 26/03/2009, estarei disponibilizando AQUI a Resposta Tecnica da SBRT sobre a segurança das argolas de sling.

 

Ajuda para João Vithor!! URGENTE!! março 16, 2009

Filed under: Uncategorized — Dida @ 01:29

João é um menino de 3 anos e 6 meses q possui uma alergia alimentar seríssima e sua única alimentação é um alimento parecido com neocate, se chama AMINOMED. Este “leite” custa cerca de R$350,00 a lata, e a mesma dura somente 2 dias. Além disso, João precisa tomar medicamentos para controlar a alergia.

Bem, algumas vezes, como este mês, o governo de Goiânia (local onde ele mora) falha com a entrega do leite assegurado na justiça, e seus pais precisam se virar para que João não passe fome.

 

Palavras da mamãe:
Querido João

Um dia te darei a maçã mais vermelhinha, a banana mais cheirosa, a o doce mais gostoso, os chocolates mais finos, o tão desejado danoninho,a comida mais petitosa, as batata mais sequinhas, e o suco mais geladinho.
tenha paciençia , quando esse dia chegar farmos uma festa e voce irá provar de todas as guloseimas que deseja.
Te amooooooooooooooooooo
lindãooooooo
msn: michellyrios@hotmail.com

 

Nós, da Comunidade Pediatria Radical estamos nos mobilizando pra ajudar esta família.. Se você sentir desejo em ajudar o João, pode fazer uma doação pelo PagSeguro, para isso basta clicar no botão de doação no lado ESQUERDO de nosso site: www.maniadesling.com.br